quinta-feira, 1 de março de 2012

Filme Nº109: Abram Alas para o Futuro (1937)

Abram Alas para o Futuro (1937)
Make Way For Tomorrow
Leo McCarey

Este filme de Leo McCarey, conta-nos a história de um casal de idosos, os Cooper interpretado por Victor Moore e Beulah Bondi, que se vêem repentinamente separados um do outro pelos próprios filhos que de má vontade não os querem com eles (muito menos os dois juntos).
Os filhos nas suas actividades diárias, acham que eles só complicam e atrapalham (a cena de bridge está maravilhosa) e assim acabam por estar sempre a tentar "empurrar" os pais para os outros irmãos, até que se dá o final memorável e emocionante do reencontro entre os dois em jeito de despedida final e definitiva.
Um filme que nos deixa a pensar um pouco no que se vai passando actualmente, quando os mais velhos "não servem para mais nada" e são "despejados" para lares e hospitais.
Um filme triste, mas que não puxa à lágrima fácil, pois o realizador não faz o filme pesado o suficiente para isso.
Sem dúvida que o par protagonista está fantástico.

1 comentário:

  1. ABRAM ALAS PARA O FUTURO é um drama dirigido pelo realizador de comédias (OS GRANDES ALDRABÕES, COM A VERDADE ME ENGANAS) Leo McCarey, o qual considerava este o seu melhor trabalho. Quando recebeu o Oscar por COM A VERDADE ME ENGANAS agradeceu e disse que se tinham enganado no filme pelo qual o premiavam.
    A história centra-se num casal de idosos (Victor Moore e Beulah Bondi) que é forçado a separar-se quando perdem a sua casa e nenhum dos seus cinco filhos se oferece para os asilar. Ficando cada um deles em casa de um dos filhos, tornam impossível a rotina das respectivas famílias e vão sentir-se a mais e claramente indesejados. Em contraponto com o peso que representam para os filhos, os estranhos que conhecem ao longo do filme revelam grande amizade e admiração pelo casal. No final, ficam para sempre separados, ele na California em casa da filha mais nova e ela num lar para idosos, a milhares de km de distância.
    O filme foi considerado como "o mais depressivo filme alguma vez feito".
    Entre os actores secundários, destaca-se Thomas Mitchell.

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